quinta-feira, 23 de junho de 2011

HIPÓFISE OU PITUITÁRIA


HIPÓFISE OU PITUITÁRIA


É a glândula de secreção interna situada na base do crânio junto ao HIPOTÁLAMO, e que regula o funcionamento de todas as outras glândulas ENDÓCRINAS do organismo. É constituída por três lobos: o anterior ou adeno-hipófise; o lobo central ou intermediário, e o lobo posterior, ou neuro-hipófise. Em resumo, a HIPÓFISE tem correlação nos seguintes itens: amamentação; aminoácidos; aparelho genital feminino; bócio; doença de Addison; esterilidade feminina; glândulas endócrinas, gonadotrofinas; hipotálamo; hormônios sexuais masculinos; menstruação; ovários; cor de pele; etc, etc.

No homem, o lobo central atua apenas na formação do pigmento da pele. A neuro-hipófise, extensão direta de uma área cerebral (o hipotálamo), secreta VASOPRESSINA E OXITOCINA, atuantes sobre os vasos sanguíneos e a musculatura lisa. A ADENO-HIPÓFISE compõe-se de grupamentos celulares diversos que secretam vários tipos de hormônios; o hormônio do crescimento (GH), o hormônio folículo-estimulante (FSH), o hormônio luteinizante (LH) a PROLACTINA, o hormônio tireotrófico (TSH), estimulante da tireóide e o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), entre outros. Todos esses hormônios são controlados por substâncias hormonais secretadas pelo hipotálamo. A Ocorrência de tumores ou a interrupção do aporte sanguíneo podem causar diminuição da função glandular, e alguns tipos de tumoração têm atuação funcional, p. ex., síndromes de GIGANTISMO OU ACROMEGALIA, devido ao aumento de secreção do hormônio de crescimento.

A fim de esclarecer algumas dúvidas sobre esta glândula, elaboramos um trabalho sobre as Perguntas Mais Freqüentes (FAQs)  Frequently Asked Questions.

FALAREMOS SOBRE:
  • A HIPÓFISE OU PITUITÁRIA;
  • CIRURGIA DA HIPÓFISE;
  • HORMÔNIOS;
  • ESTERELIDADE E FERTILIDADE;
  • ESTERELIDADE DA MULHER;
  • OS OVÁRIOS;
  • A MENOPAUSA;
  • ESTERELIDADE MASCULINA;
  • GENITAIS MASCULINOS;
  • CIRCUNCISÃO;
  • TUMORES DOS PENIS;
  • O ESCROTO E OS TESTÍCULOS;
  • TRAUMATISMO DOS TESTICULOS;
  • TUMORES DO TESTÍCULO;
  • CRIPTORQUIA;
  • HIDROCELE;
  • TORÇÃO DO TESTÍCULO;
  • EPIDIDIMITE;
  • E VARICOCELE.
Brevemente publicaremos esse assunto com maior profundidade


A HIPÓFISE


O que é a hipófise e onde está localizada?
É uma glândula endócrina pequena, medindo cerca de í cm de diâ­metro, localizada na base do crânio, embaixo do cérebro, Divide-se em duas partes, a anterior e a posterior. Cada uma delas contém células diferentes que secretam tipos diversos de hormônio.

Quais os hormônios secretados pela hipófise e quais suas funções?
a)    A parte anterior da hipófise secreta vários hormônios que regu­lam a atividade de outras glândulas endócrinas como a tireóide,as supra-renais, os ovários, os testículos e o pâncreas. As secreções da parte anterior da hipófise regulam e controlam a ati­vidade das glândulas acima mencionadas, estimulando-as ou ini­bindo-as. Por exemplo, se as glândulas supra-renais estão secretando pouco hormônio, os hormônios hipofisários estimulam sua maior produção;
b)    a hipófise posterior produz um hormônio que controla a reten­ção e excreção da água pelos rins.

As glândulas endócrinas como as supra-renais, a tireóide etc. influen­ciam a atividade da parte anterior da hipófise?
Sim; por exemplo, quando a secreção supra-renal alcança o nível desejado, ela age, inibindo a produção do hormônio hipofisário que a estimula.


A hipófise anterior, secreta outros hormônios?
O hormônio responsável pelo crescimento.

A hipófise também é chamada de "glándula-mestra"?
Sim, porque controla a função de todas as outras glândulas endócrinas.

Existem tumores da hipófise?
Sim. Os tumores hipofisários constituem aproximadamente 10% doa tumores do crânio c do cérebro.

O que acontece quando a porção anterior da hipófise se torna hiperativa devido à presença de um tumor?
a)    Se certas células da hipófise anterior se tornarem hiperativas, o estímulo excessivo das supra-renais poderá resultar na doença de Cushing (V. cap. 64, As supra-renais);
b)    se outras células da hipófise anterior se tornarem hiperativas,
um excesso de hormônio do crescimento produzirá o gigantismo
ou a acromegalia.

Como se pode fazer um diagnóstico definitivo de tumor da hipófise?
Além dos sintomas clínicos, aparecem alterações características nas radiografias do crânio. A hipófise está aninhada numa cavidade óssea chamada sela túrcica, cujos bordos ficam deformados quando existe um tumor da hipófise.

Quais as características do gigantismo?
Quando a porção anterior da hipófise produz quantidade excessiva do hormônio do crescimento durante a infância, antes que o desen­volvimento ósseo se complete, o indivíduo cresce muito além do normal. Esse distúrbio é responsável pelos gigantes de 2.10 a 2.30 m de altura.

O gigantismo tende a ser hereditário?
Ainda que a altura do indivíduo seja determinada hereditariamente, as alterações que causam o gigantismo não são hereditárias.

Quais as características da acromegalia?
Se houver uma produção excessiva do hormônio de crescimento no adulto, depois que a estrutura óssea já se desenvolveu completamente, a altura e o comprimento dos membros não se alteram. Contudo, há um crescimento acentuado de determinadas partes ósseas, como as mãos, os pés c certas partes da face. Isso resulta numa distorção característica das feições.



Que outras mudanças ocorrem como resultado da secreção excessiva do hormônio do crescimento?
O metabolismo orgânico sofre alterações c pode ocorrer grande fra­queza muscular, cessação da menstruação, impotência e diabete.

Qual o tratamento para o gigantismo e a acromegalia?
A doença estaciona espontaneamente. Quando progride, são feitas aplicações de raios X na hipófise ou recorre-se à destruição cirúr­gica da glândula. No momento, técnicas mais novas de cirurgia da hipófise, que incluem o uso do raio laser e a criocirurgia (congelamento), estão sendo desenvolvidas e podem alterar os métodos atuais.

A radioterapia e a cirurgia têm sucesso na regularização da atividade hipofisária?
Na maioria dos casos, sim.

Uma criança normal, de pequena estatura, poderá crescer se tomar hormônio hipofisário?
Pesquisas recentes, utilizando extratos purificados do hormônio de crescimento da hipófise, mostram que isso é possível; contudo, até o presente momento essa substância ainda não foi comercializada em larga escala.

É preciso determinar a causa do retardamento do crescimento. Se for devido à hipofunção da tireóide, a administração desse hormônio estimula o crescimento da criança. Se for devido à má nutrição e ca­rência de vitaminas, o estabelecimento de uma dieta adequada, com boa suplementação vitamínica, estimula o crescimento. Finalmente, se é devido à pouca atividade da hipófise, deve-se ministrar o hor­mônio de crescimento, É preciso enfatizar que o hormônio puro de crescimento só foi isolado recentemente c ainda não é acessível ao uso geral.

Existe algum meio razoável de interromper o crescimento de uma criança muito alta?
Não.

A pouca atividade da hipófise (hipopituitarismo) provoca alguma doença?
A hipoatividade, na infância, retarda muito o crescimento causando o nanismo hipofisário. Essas pessoas são anãs, mas bem proporcio­nadas e embora guardem uma estatura infantil por toda vida, sua inteligência e demais funções evoluem normalmente. A hipoativi­dade que atinge o adulto não prejudica o crescimento, mas deprime o funcionamento de todas as outras glândulas endócrinas, como a tireóide, as supra-renais, os ovários e os testículos.

O nanismo hipofisário é hereditário?
Não, os filhos de anões hípofisários têm estatura normal.

Quais os outros sintomas do hipopituitarismo?
Fraqueza, apatia geral, perda de energia e, em alguns casos, distúr­bio mental. A pele fica enrugada como a dos velhos. Pode haver diminuição do açúcar no sangue e perda de apetite e de peso.

Qual o tratamento para a hipoatívidade da hipófise anterior?
Se o distúrbio é devido a um tumor da hipófise, a radioterapia ou a cirurgia podem ajudar. O tratamento clínico consiste na reposição dos hormônios que faltam, por injeções ou por via oral.

Os efeitos graves da hipoatívidade da hipófise anterior podem ser con­trabalançados pelo tratamento?
Em grande parte, sim.

Qual a função da porção posterior da hipófise?
A produção do hormônio que age sobre os rins para evitar que eles eliminem muita água.

O que é diabetes insipidus?
O quadro clínico provocado pela hipoatívidade da hipófise posterior e do tecido nervoso adjacente. Conduz a uma grave reação em ca­deia que leva à perda de controle dos rins sobre a quantidade de água eliminada.

Qual é o sintoma característico do diabetes insipidus?
Desde que os rins eliminam grandes quantidades de água, o pacien­te deve beber incessantemente .para manter o organismo hidratado.

O diabetes insipidus pode ser curado?
Pode ser controlado. Existem extratos potentes do hormônio hipofisário posterior (hormônio antidiurético) que podem ser adminis­trados ao paciente. Mas o distúrbio não é curável c o paciente deve continuar o tratamento pelo resto da vida. Recentemente, novas drogas químicas têm sido usadas para aliviar o diabetes insípidos.

Existe alguma relação entre o diabetes insípidus e o chamado diabetes mellitus ou simplesmente diabete?
Não.

As doenças da hipófise podem ser evitadas?
Não.



CIRURGIA DA HIPÓFISE


Quando a operação da hipófise é indicada?
Quando há um tumor na hipófise, evidenciado pelo início de perda da visão, dor de cabeça, prova radiográfica de erosão do osso ao redor da glândula, ou pelo aparecimento dos sintomas da doença de Cushing, acromegalia ou gigantismo.

A cirurgia da hipófise é segura?
A operação da hipófise é muito delicada, mas razoavelmente segura.

Onde o cirurgião faz a incisão para alcançar a hipófise?
A incisão é feita na linha do cabelo c a cicatriz resultante é imper­ceptível. A hipófise pode ainda ser alcançada através de uma incisão no nariz, e a cicatriz também é praticamente invisível.

A hipófise é total ou parcialmente removida quando há um tumor?
A cirurgia nem sempre consegue remover toda a glândula. Atual-mente, todavia, com o uso da criocirurgia e do raio laser, é possível destruir toda a glândula.

Quais as chances de recuperação de uma operação da hipófise?
Cerca de 90%'dos casos têm boa recuperação.

A cirurgia dos tumores da hipófise tem sucesso no alívio dos sintomas?
Via de regra, essas operações são feitas porque o tumor causa a perda progressiva da visão. Portanto, o estado da vista antes da operação é uma consideração importante. Em termos gerais, a maio­ria dos pacientes melhora consideravelmente depois da cirurgia, desde que antes dela não tenha ocorrido dano muito grave.

Como o médico decide o tratamento a seguir no caso de um tumor hipofisário?
A maioria tenta, em primeiro lugar, o tratamento pela radioterapia, a menos que a vista já tenha sido muito prejudicada.


Se a visão continua a falhar apesar da radioterapia, recomenda-se a cirurgia. Geralmente, a operação restaura a visão prejudicada pelo tumor.

Quanto tempo de hospitalização é necessário nas operações da hipó­fise?
De 10 a 15 dias.

Quanto tempo dura uma operação da hipófise?
Cerca de 2 a 3 horas.

Os tumores da hipófise podem reincidir, depois de removidos?
Sim, numa pequena porcentagem de casos. O paciente será então tratado pela radioterapia ou reoperado.

Os tumores da hipófise podem se disseminar para outras partes do corpo?
Isso ocorre muito raramente.

A operação da hipófise interfere no estado mental do paciente?
A cirurgia dos tumores da hipófise não compromete o estado men­tal do paciente.

As operações da hipófise provocam paralisia dos membros?
Não.

A acromegalia pode ser curada pela cirurgia hipofisária?
Não, mas o processo pode estacionar,
As saliências ósseas e a aparência voltarão ao normal após a cirurgia da hipófise na acromegalia?
Infelizmente, não.

A hipófise pode ser operada para retardar o crescimento do câncer do seio?
Descobriu-se que a remoção ou a destruição da hipófise pode causar a remissão do crescimento do câncer do seio disseminado por ou­tros órgãos. Essa cirurgia, chamada de hipofisectomia, é frequênte­mente bem sucedida, estacionando o crescimento do tumor por um período de vários meses ou anos.

HORMÔNIOS

Que são hormônios?
Substâncias produzidas e secretadas pelas glândulas endócrinas, que, lançadas na circulação, coordenam o funcionamento do organismo como um todo.

Quais são os hormônios do organismo?
a)    Os hormônios produzidos pela hipófise;
b)    pela tireóide;
c)     pelas paratireóides;
d)    pelas supra-renais, que incluem a cortisona e a adrenalina;
e)    pelos ovários;
f)      pelos testículos.

Os hormônios podem ser produzidos artificialmente para substituir os naturais?
Atualmente, muitos hormônios — não todos — são sintetizados quimicamente.

Pode-se tomar hormônios sem prescrição médica?
Não. Usadas inadequadamente, essas poderosas substâncias podem trazer sérias consequências.

Qual o grau de eficiência dos hormônios no tratamento dos distúrbios glandulares (endócrinos)?
Os hormônios têm valor terapêutico em inúmeras doenças, não só endócrinas como não endócrinas. Mas o resultado varia muito con­forme o tipo de distúrbio para que são prescritos.

Quais as consequências de uso prolongado de hormônios sem pres­crição médica?
Os hormônios podem provocar marcado desequilíbrio metabólico, responsável por doenças e distúrbios sérios. Por isso devem ser to­mados exclusivamente sob supervisão do médico, que fará exames frequêntes para verificar se as doses prescritas são adequadas.

O uso indiscriminado de hormônios pode causar câncer?
Até hoje não se dispõe de provas concludentes a esse respeito, mas acredita-se que certos hormônios podem acelerar o crescimento tumoral ou a eclosão de uma malignidade latente.

É possível tornar-se alérgico aos hormônios?
Sim.

Por que alguns hormônios são administrados oralmente e outros, em injeções?
Há hormônios que não são absorvidos ou são destruídos pelos sucos digestivos; portanto, devem ser administrados por via parenteral (ou seja, injetados).

Os hormônios são úteis no tratamento das insuficiências endócrinas?
Sim. Certos hormônios — como o tireoidiano, o ovariano, o testicular, etc. — são de grande utilidade e eficiência no tratamento da inatividade ou de atividade diminuída das respectivas glândulas.

O que é a cortisona?
Hormônio produzido pelas supra-renais.

O que é ACTH?
Sigla correspondente às iniciais de Adreno-Cortico-Trophic-Hormone — hormônio adrenocorticotrófico — produzido pela hipófise. Sua função é estimular a produção de cortisona e corticóides pelas glân­dulas supra-renais,

Com que fins se usa o ACTH?
Está provado que o ACTH e a cortisona são bastante eficazes no tratamento de doenças inflamatórias, alérgicas e outras de causa desconhecida. Usam-se comumente na artrite, febre reumática, aler­gia, lúpus eritematoso, nefrose, etc.

ACTH e cortisona curam essas doenças?
Não. Simplesmente aliviam os sintomas. Mas admite-se que possam interromper a evolução das lesões orgânicas decorrentes da atividade dessas doenças.

ACTH e cortisona são usados em todos os casos de artrite?
Não; apenas em certos casos graves de alguns tipos de artrite ou naqueles que não respondem a outra medicação.

Qual dos hormônios é mais ativo, ACTH ou cortisona?
Ambos são igualmente eficazes. No entanto, alguns médicos prefe­rem um ou outro para determinadas doenças. Com frequência são usados alternadamente.

ACTH é mais seguro que cortisona ou vice-versa?
Não.

ACTH e cortisona devem ser administrados somente sob orientação médica?
Sim. O uso inadequado e não controlado pode acarretar danos sérios.

O efeito dessas drogas continua depois que se interrompe o uso?
Infelizmente, muitos dos efeitos benéficos dessas substâncias desa­parecem por completo depois que se suspende o seu uso.

Como é administrado o ACTH?
Por injeção, pois só é ativo quando administrado por esse meio.

Como é administrada a cortisona?
Por via oral ou por injeção.



ESTERILIDADE E FERTILIDADE


O que é esterilidade?
Incapacidade de reproduzir. Como a palavra "esterilidade" sugere um estado absoluto e irreversível, seria mais apropriado usar o ter­mo "infertilidade", que indica um estado temporário e potencial­mente reversível.
A esterilidade de 1.° grau refere-se a casais que não conseguem ter filhos depois de no mínimo l ano de tentativa. A de 2.° grau apli­ca-se aos que tiveram um ou mais filhos e não conseguem ter outros, depois de tentativas repelidas por urn período de tempo prolongado. Os casais que conceberam, mas cujos filhos não chegam a viver, também se incluem na classificação geral de infertilidade.

A esterilidade é frequente entre casais jovens?
Não existe estatística rigorosa a respeito, mas calcula-se que aproxi­madamente l em cada 5 casamentos não chega à concepção de filhos.

Em média, quanto tempo um casal leva para conceber pela primeira vez?
Geralmente a gravidez ocorre dentro de um ano, se o casal tem re­lações sexuais 2 ou 3 vezes por semana. A esposa que concebe no primeiro ou no segundo mês não é a regra. Não é de maneira algu­ma anormal as pessoas tentarem 8 ou 10 meses antes de conceber.

Quais os fatores necessários para que ocorra a gravidez?
A mulher precisa produzir um óvulo nos ovários; as trompas de Falópio devem estar desimpedidas; o esperma sadio deve alcançar o óvulo enquanto ele estiver nas trompas de Falópio; deve haver um lugar dentro do revestimento uterino para que nele se implante o óvulo fertilizado; por fim, a mulher precisa produzir hormônios es­pecíficos para nutrir o óvulo fertilizado (ovo) e implantado.

A mulher deve ter um orgasmo para conceber?
Não.

ESTERILIDADE DA MULHER


Quais são as causas comuns de esterilidade na mulher?
Uma ou mais dentre as seguintes:
a)    incapacidade de ovular e produzir óvulos, o que pode resultar de defeito congênito nos cromossomos (como ocorre na síndrome de Turner), ou de doença adquirida;
b)    trompas de  Falópio obstruídas por infecção ou  deformidade congênita;
c)     distúrbio glandular que envolva particularmente a hipófise, a ti­reóide, as supra-renais ou os ovários;
d)    impossibilidade de o esperma passar pelo cérvix (colo do útero) e subir para o útero, o que pode ser consequência de obstrução ou infecção no cérvix;
e)    fatores psicológicos, frequêntemente vagos e difíceis de avaliar. Sabe-se que algumas mulheres estéreis concebem depois de um período de psicoterapia;
f)      existe um grande número de mulheres estéreis em que não há nenhuma causa patente para isso.   Como os cientistas estão se aprofundando cada vez mais no estudo da natureza dos cromos­somos, genes e estrutura celular, é muito provável que esse grupo de mulheres venha a ser mais bem estudado e se conheçam os motivos de sua infertilidade.

Obviamente, não. Esses fatores podem existir sozinhos ou combina­dos. Graus mínimos de vários fatores somados podem causar a este­rilidade tanto quanto um fator único em grau maior.
                                                             
Qual é o período fértil da mulher?
O meio do ciclo menstrual, quando ocorre a ovulação. Nos ciclos de 28 dias, a fase fértil ocorre mais ou menos entre o 12.° e o 16.° dia depois do início de cada período menstrual.

Qual é o período não fértil?
Via de regra, os 7 a 9 dias antes do período menstrual, o período menstrual, e os 3 a 5 dias que se seguem imediatamente ao período menstrual.

Durante quantos dias do mês a concepção é possível?
No período compreendido entre os 2 dias anteriores à ovulação e não mais que 2 dias depois da ovulação. Portanto, dos 28 dias do cicio total, a fertilização do óvulo só pode ocorrer em 3 ou 4 dias.

Pode-se determinar com certeza o período fértil e o período não fértil de uma mulher?
Numa mulher que tenha menstruação regular, esses períodos podem ser determinados com alguma precisão depois de um estudo da tem­peratura basal do corpo.

Como se sabe que uma mulher não ovula?
a)    Anotando cuidadosamente o histórico menstrual e suas irregularidades;
b)    anotando as temperaturas basais por um período de vários meses, até obter uma curva indicadora da ocorrência ou não de ovulação;
c)     fazendo uma biópsia do revestimento interno do útero (biópsia endometrial); um pouco antes do dia esperado da menstruação, o ginecologista poderá dizer se a paciente ovula ou não;
d)    pelo estudo microscópico das células de descamação vaginal.

Uma mulher pode começar a ovular depois de um tratamento adequado?
Sim. Na maioria dos casos, um estudo endocrinológico revela a cau­sa da falta de ovulação e aponta o tratamento hormonal adequado. Isso envolve o estudo cuidadoso da atividade das glândulas hipófise, tireóide, supra-renais e dos ovários.

Como se faz uma biópsia do revestimento do útero (biópsia endometrial)?
Coloca-se um especulo na vagina e se segura o cérvix com uma pinça. Introduz-se um pequeno instrumento metálico no útero através do cérvix, para raspar o revestimento.

A biópsia endometrial é dolorosa?
É um pouco desconfortável, mas dura poucos minutos e não causa efeitos desagradáveis, além de um corrimento de sangue, que dura de 2 a 3 dias.

Que precauções se devem tomar antes de fazer uma biópsia endometrial?
E importante certificar-se de que a paciente não esteja grávida. Para


não interromper uma gravidez inicial, aconselha-se a abstinência de relações sexuais desde o período menstrual anterior à biópsia.

Quais as causas mais frequentes de obstrução das trompas de Falópio?
a)    Inflamação prévia de órgãos pélvicos, causada por gonorréia,
tuberculose ou outra infecção;
b)    peritonite, frequentemente posterior a uma ruptura do apêndice;
c)     espasmo das trompas, devido a tensão e fatores emocionais;
d)    um fibroma na porção superior do útero, fechando a entrada das
trompas;
e)    endometriose.

Como se faz o diagnóstico de trompas obstruídas?
a)    Pelo teste de Rubin: bombeia-se um gás (dióxido de carbono) pelo cérvix, até a cavidade uterina e procura-se observar se ele penetra na cavidade abdominal;
b)    por raios X, inserindo uma substância radiopaca no cérvix para delinear a cavidade uterina e as trompas (histerograma).

Como se faz o teste de Rubin?
Deve-se fazer o teste de 5 a 7 dias depois do período menstrual. O médico segura o cérvix com uma pinça e coloca um instrumento tubular fino no canal cervical. Uma das extremidades do instru­mento é adaptada a um tambor que contém dióxido de carbono e a outra, a um aparelho registrador de pressão. O dióxido de car­bono é injetado no útero sob determinada pressão. As únicas saídas para o gás são as trompas de Falópio, na cavidade abdominal. Se as trompas estiverem desimpedidas, o gás escapa pela cavidade abdominal e a pressão medida no registrador cai. Se o gás não for para a cavidade abdominal, a pressão se mantém ou se eleva. Aus­cultando a parede abdominal com um estetoscópio, pode-se ouvir o escapamento do gás pelas trompas.

Se as trompas estiverem desobstruídas a paciente sentirá dor quando fizer o teste de Rubin?
Sim. O gás que entra na cavidade abdominal produz dor na região dos ombros dentro de 5 a 10 minutos. Essa dor não é grande e passa dentro de pouco tempo.

Existe algum perigo em fazer o teste de Rubin?
Tomando-se as precauções devidas, é pouco provável que haja problemas. Em casos excepcionais, o teste pode agravar uma doença inflamatória das trompas de Falópio.

A paciente pode ter relações sexuais depois de um teste de Rubin?
Só 2 dias depois.

Como se faz um histerograma?
Essencialmente da mesma maneira que o teste de Rubin, mas inse­rindo uma substância radiopaca pelo cérvix. Os resultados são co­nhecidos através de radiografia.

Que precauções se devem tomar antes de fazer um histerograma?
Verificar se não há infecção na vagina, no útero ou nas trompas.

As trompas obstruídas podem voltar ao normal?
Sim, através da tuboplastia. Ocasionalmente, o próprio teste de Ru­bin expande as trompas e as desobstrui.

As operações para desobstrução das trompas têm sucesso?
Sim, em cerca de 20% dos casos.

O que se deve fazer se a obstrução das trompas for consequência de espasmo ou problema emocional?
Ministrar drogas antiespasmódicas e tratar os problemas emocionais.

Como um distúrbio glandular ou hormonal pode causar a infertilidade?
Impedindo a ovulação ou a produção do ambiente adequado à im­plantação do ovo fertilizado na parede do útero.

Como saber se há um distúrbio glandular?
Fazendo estudos hormonais através de exames de urina e sangue.

Pode-se corrigir o distúrbio glandular?
Sim, em alguns casos, por tratamento hormonal adequado. É acon­selhável que um endocrinologista cuide do caso.

O cérvix pode bloquear a passagem do esperma para o útero?
Sim; isso ocorre frequentemente quando o cérvix está infeccionado ou bloqueado por muco espesso.

É possível verificar se o esperma consegue penetrar no cérvix?
Sim. Para isso, a paciente vai ao consultório médico 2 horas depois de uma relação sexual e retiram-se amostras do canal vaginal e do cérvix, para exame ao microscópio. Obtém-se o resultado compa­rando o esperma da vagina com o do cérvix. Esse exame é chamado teste de Huhner.

Um útero caído ou uma posição inadequada durante a relação sexual podem impedir o esperma de alcançar o cérvix?
Sim. Mas pode-se resolver o problema mudando a posição da rela­ção sexual ou introduzindo o esperma artificialmente no cérvix.

O que fazer se o esperma não passa pelo cérvix devido a uma infecção?
Eliminá-la por cauterização e pelo uso de antibióticos.

Uma acidez excessiva da vagina pode impedir a concepção?
Sim. Isso pode ser corrigido por uma lavagem vaginal alcalina, com bicarbonato de sódio, antes da relação sexual.

Os fibromas do útero podem causar esterilidade?
Sim, quando se localizam bem abaixo do revestimento do útero (fi­bromas submucosos). Se os fibromas bloqueiam a entrada das trom­pas de Falópio, o esperma pode não alcançar o óvulo.

Os cistos do ovário causam esterilidade?
Sim, quando o cisto está ligado a um distúrbio na produção hor­monal. A remoção cirúrgica do cisto pode eliminar o problema.

Como tratar a infertilidade devida a fatores emocionais?
Pela psicoterapia.

A esterilidade na mulher pode resultar do uso prolongado de geléias anticoncepcionais?
Não, desde que o uso seja descontínuo.

O uso prolongado de pílulas anticoncepcionais pode causar esterili­dade?
Ao contrário, demonstrou-se que as mulheres que tomam pílulas anticoncepcionais por um longo período são mais inclinadas a con­ceber durante os meses seguintes.

Á esterilidade pode ser consequência de um "excesso" de relações sexuais?
Não.

O que significa inseminação artificial?
Introdução do esperma vivo nas proximidades do cérvix.

Quando a inseminação artificial é indicada?
a)    Quando o teste de Huhner revela que o esperma não está alcan­çando o cérvix: nesse caso, o esperma é coletado e depositado ali por um ginecologista;
b)    quando o marido é estéril, usa-se o esperma de um doador, com
o consentimento do casal.

Como se faz a inseminação artificial?
O ginecologista introduz um especulo na vagina e injeta o esperma vivo com uma seringa na abertura do cérvix. Depois coloca um pequeno tampão de borracha no cérvix, para manter o esperma no local, por cerca de meia hora.

Em que época do mês se faz a inseminação artificial?
Na época da ovulação, previamente determinada.

Quantas vezes tentam-se fazer a inseminação artificial?
Por 3 dias consecutivos, a partir da véspera da data da ovulação, e durante 6 ciclos menstruais.

A inseminação artificial tem sucesso?
Em cerca de 30% dos casos.

Quais as precauções a tomar no caso em que o doador não é o marido?
O doador deve ter sido examinado e considerado saudável. Também é preciso obter um histórico completo para assegurar que na família do doador não há qualquer doença hereditária, física ou mental. O doador e o casal devem permanecer mutuamente desconhecidos. O consentimento deve ser dado pelo marido, pela mulher e pelo doa­dor, por escrito.

Há algum perigo na inseminação artificial?
Não há perigos físicos; quando, porém, o doador não é o marido, podem ocorrer problemas emocionais. Também pode haver obstá­culos religiosos ou legais, que devem ser considerados cuidadosa­mente antes de tomar a decisão.

OS OVÁRIOS

O que são os ovários?
Par de glândulas em forma de amêndoa medindo cerca de 3,5 cm de comprimento por 2 cm de diâmetro. Estão localizados na cavidade abdominal, um de cada lado do útero, suspensos na parede pos­terior da pelve, bem perto da abertura das trompas de Falópio. Cada ovário consiste numa cápsula externa cinza-esbranquiçada, um córtex e um hilo ou pedúnculo, através do qual entram e saem os vasos sanguíneos.

Quais são as funções dos ovários?
a)    Produzir e expelir um óvulo periodicamente. O córtex de cada ovário contém vários milhares de óvulos imaturos, um dos quais amadurece e é lançado todos os meses nas trompas. Esse processo é chamado ovulação, Quando o óvulo é fecundado pelo espermatozóide, o processo pára. Se não ocorre fecundação, começa a menstruação. O intervalo entre a ovulação e a menstruação é de aproximadamente 14 dias;
b)    os ovários produzem hormônios sexuais e os secretam na corrente sanguínea. Tais hormônios, chamados estrógeno e progesterona, regulam a ovulação e a menstruação, garantem a manutenção da gravidez e são responsáveis pelo desenvolvimento das características femininas. Assim, influenciam diretamente o crescimento dos seios, a distribuição de pêlos, a silhueta e a voz.

Os dois ovários são necessários para a função ovariana normal?
Não. Apenas um ovário ou parte de um ovário é suficiente para manter a função normal.

Em que idade o ovário começa a funcionar?
No início da puberdade, ou seja, aos 12 ou 14 anos de idade.

O ovário está sujeito a inflamações ou infecções?
Sim. Por sua proximidade com as trompas, as doenças destes órgãos frequêntemente comprometem os ovários.

Quais os sintomas de ovário inflamado ou infeccionado?
Os mesmos da inflamação das trompas (salpingite).

O que é disfunção ovariana?
Distúrbio ou desequilíbrio na produção hormonal ovariana, caracte­rizado por alterações do ciclo menstrual, da capacidade de engravi­dar ou de manter a gravidez. Tais distúrbios podem decorrer de alterações do próprio ovário ou de perturbações de outras glândulas endócrinas, como a hipófise ou a tireóide.

Quais os sintomas de uma disfunção ovariana prolongada?
a)    Completa desordem do ciclo menstrual, das características e da natureza da menstruação;
b)    obesidade;
c)     desenvolvimento de pêlos no corpo (hirsutismo);
d)    crescimento anormal da membrana que reveste o útero (hiperplasia endometrial);
e)    infertilidade (incapacidade de engravidar).

Quais as consequências da disfunção ovariana?
Perturbação do equilíbrio normal entre a produção e a utilização de seus 2 principais hormônios, estrógeno e progesterona. Isso pode interferir na ovulação, na menstruação ou na preparação do útero para a gravidez.


Como se diagnostica a disfunção ovariana?
Os exames dos níveis hormonais do sangue e da urina ajudam a estabelecer a causa do problema e determinar se ele se origina no ovário, na tireóide ou na hipófise. Para completar o diagnóstico, deve-se fazer a biópsia endometrial e exames citológicos vaginais.

Qual o tratamento da disfunção ovariana?
a)    Quando o distúrbio se deve à presença de cistos de ovário, pro­cede-se à remoção cirúrgica de uma porção de cada ovário;
b)    em certos casos, em pequenas doses, usa-se a radioterapia para estimular a secreção ovariana;
c)     se o distúrbio é provocado por uma disfunção da tireóide ou da hipófise, recorre-se a medicação apropriada, antes de corrigir a disfunção ovariana;
d)    terapia cíclica, ou seja. a administração de doses reguladas de estrógeno e progesterona para estimular o ciclo normal;
e)    eventualmente, usa-se cortisona para restaurar a função ovariana
normal.

As perturbações da função ovariana desaparecem espontaneamente?
Sim, em grande número de casos.

Em que idade ocorrem as perturbações ovarianas?
Em qualquer idade, desde a puberdade até a menopausa, embora sejam mais frequentes no início da puberdade.

Pode ocorrer gravidez na vigência de disfunção ovariana?
Se a disfunção for acompanhada de falta de ovulação, não haverá gravidez. Corrigida a disfunção, porém, a mulher pode engravidar.

Existem medicamentos para estimular a ovulação?
Sim. Em alguns casos, tais medicamentos não só estimulam a ovula­ção e a gravidez, mas também estão associados ao nascimento de gêmeos, trigêmeos, quadrigêmeos etc,

O que são cistos foliculares?
Pequenas bolsas cheias de líquido que aparecem na superfície do ovário. Quando o folículo produtor do óvulo não consegue romper-se para expulsá-lo, o folículo permanece no ovário, formando cistos.

Qual o tamanho de um cisto folicular?
O tamanho varia desde o de uma ervilha até o de uma ameixa.

Quais as causas dos cistos foliculares?
a)    Infecção anterior que tornou mais espessa a camada externa do
ovário;
b)    distúrbio da função ovariana,

Quais os sintomas dos cistos foliculares?
Tanto podem não apresentar sintomas, como causar disfunção ova­riana. Os cistos foliculares maiores às vezes provocam dor no baixo ventre, micção frequente, dor durante as relações sexuais e irregu­laridade da menstruação.

Os cistos foliculares podem romper-se?
Sim. Quando isso acontece, pode haver forte dor no baixo ventre, sensibilidade à palpação, náusea, vômito e até estado de choque. Muitas vezes é difícil para o médico distinguir entre um cisto folicular rompido e uma apendicite ou gravidez tubária.

Qual o tratamento dos cistos foliculares?
Os cistos pequenos ou simples raramente exigem tratamento. Os cistos múltiplos que causam sintomas e estão associados a disfunção ovariana devem ser tratados cirurgicamente, removendo-se certas porções dos ovários. Se houver ruptura ou torção de um cisto soli­tário e os sintomas não desaparecem dentro de 2 ou 3 dias, a cirur­gia pode tornar-se necessária.

Os cistos foliculares dos ovários desaparecem espontaneamente?
Sim.

Os cistos foliculares tendem a reaparecer?
Sim. As pacientes portadoras de cistos foliculares devem submeter-se periodicamente a exames ginecológicos.

Como se forma um cisto do corpo lúteo do ovário?
Depois que o óvulo deixa o ovário, o folículo atrofia-se e desaparece.
Em seu lugar algumas células crescem, formando uma pequena placa amarelada que, devido a essa coloração, foi chamada corpo lúteo. Quando o óvulo não é fertilizado, o corpo lúteo se atrofia e desapa­rece. Em alguns casos, contudo, pode se transformar num cisto, contendo sangue e crescendo até atingir o tamanho de um limão, uma laranja ou mais.

Quais os sintomas de um cisto do corpo lúteo?
Pode não apresentar sintomas, ou então causar atraso na menstruação e dor durante a relação sexual. Se o cisto eventualmente se rom­per, provocará náusea, vômito, distúrbio urinário e forte dor no baixo ventre. Os sintomas assemelham-se aos de doença abdominal aguda, como a apendicite ou a gravidez tubária, e podem exigir intervenção cirúrgica.

Quando é necessário operar um cisto do corpo lúteo que se rompe?
Quando os sintomas persistem ou há hemorragia.

Existem outros tipos de cistos do ovário?
Há muitos, incluindo os cistos solitários simples e os tumores císticos,

Os cistos crescem muito?
Sim. Alguns podem preencher totalmente a cavidade abdominal e atingir o tamanho de uma melancia.

Qual o tratamento para os cistos?
Remoção cirúrgica, o mais rapidamente possível.

Os tumores do ovário são frequentes?
Sim.

Quais os tipos de tumor do ovário?
a)    Benignos, sólidos ou císticos;
b)    malignos, sólidos ou císticos;
c)     produtores de hormônios.

Por que os ovários são frequentemente sede de tumores ou cistos?
Porque os óvulos, aninhados nos ovários, contêm todas as células primitivas básicas que entram na formação de um ser humano e algumas delas podem apresentar crescimento anormal. O ovário está sujeito a flutuações tão amplas e tão variado em sua função que podem surgir anomalias, entre as quais o crescimento de um tumor.

Os tumores do ovário ocorrem em mulheres de qualquer idade?
Sim; desde a mais tenra infância até a velhice.

O que é um cisto dermóide do ovário?
Tumor que geralmente ocorre nas mulheres entre os 20 e os 50 anos. É frequentemente encontrado em ambos os ovários c pode crescer até atingir o tamanho de uma laranja. Compõe-se de muitos tipos de células, chegando às vezes a incluir cabelos, ossos e dentes. Os cistos dermóides também podem conter outros tecidos semelhantes a órgãos no estágio inicial de desenvolvimento.

Os cistos dermóides são malignos?
Geralmente, não; mas alguns podem tornar-se malignos se não forem removidos.

Como é feito o diagnóstico de cisto dermóide?
Por exame pélvico e radiológico.

Qual o tratamento para o cisto dermóide do ovário?
Durante os anos férteis, ressecção do cisto dermóide. Depois da me­nopausa, remoção do ovário, ou ovários, e do útero.

O que são tumores produtores de harmónios?
Tumores que produzem harmônios femininos ou masculinos em excesso. Assim, um tumor do ovário que produz hormônios mas­culinos provocará o aparecimento de características masculinas, como pêlos no rosto e no peito, voz mais grave e alteração da si­lhueta feminina.

São comuns os tumores do ovário produtores de hormônios?
Não.

Qual o tratamento para os tumores malignos do ovário?
A cirurgia, com a remoção total do útero, das trompas, ovários, liga­mentos e tecidos que envolvem essas estruturas. Depois da cirurgia, na maioria dos casos, deve-se fazer tratamento com raios X ou outras substâncias radiativas.

Quais as possibilidades de cura de câncer do ovário?
Se a operação for feita precocemente, antes que o mal se estenda a outras estruturas ou órgãos, as possibilidades são grandes.

O câncer do ovário pode ser definitivamente curado?
Sim, em cerca de 25% dos casos.

O teste de Papanicolaou (exame da citologia vaginal) ajuda a estabe­lecer o diagnostico do câncer do ovário?
Raramente.

Qual o melhor método para prevenir o câncer do ovário?
A remoção de tumor suspeito logo em seu estágio inicial impedirá que o tumor se torne maligno e se espalhe para outras estruturas. Para a detecção precoce dos tumores é necessário atentar aos me­nores sintomas e consultar periodicamente o ginecologista.

Qual o melhor tratamento para qualquer cisto ou rumor ovariano?
Se ele crescer progressivamente, deve-se proceder a uma operação para estabelecer sua natureza exata. Assim, muitos tumores do ová­rio podem ser retirados antes que se tornem malignos. A remoção de um ovário cístico e inflamado pode evitar sua ruptura ou torção even­tuais.

Que tipo de tratamento é mais indicado para os tumores do ovário: clínico ou cirúrgico?
Cirúrgico.

Que processos patológicos do ovário requerem cirurgia?
a)    Todo cisto ou tumor de ovário com mais de 5 cm de diâmetro e que não apresente tendência à regressão espontânea;
b)    qualquer tumor ovariano em crescimento rápido;
c)     tumor de ovário associado à presença de líquido na cavidade
abdominal;
d)    tumor de ovário associado à debilitação do estado geral da pa­
ciente: anemia, fraqueza, astenia;
e)    tumor de ovário associado à hiperplasia endometrial.

É possível determinar, durante a operação, se o tumor é maligno?
Sim. Um patologista toma uma porção congelada do tumor e a exa­mina ao microscópio. Assim se determina se o tumor é maligno e até onde a operação deve ser radical.

Os tumores ovarianos ocorrem durante a gravidez?
Sim. Às vezes surgem cistos do ovário.

Os cistos que ocorrem durante a gravidez prejudicam o embrião?
Não.

Os cistos ou tumores do ovário podem causar a síndrome de abdome agudo?
Sim, eles têm grande tendência a sofrer torção em seus pedículos. Isso causará todos os sintomas de abdome agudo (dor, rigidez das paredes abdominais, deterioração do estado geral, choque) e requer cirurgia imediata.

Os cistos do ovário podem romper-se?
Ocasionalmente, sim; quando isso acontece, deve-se fazer uma ope­ração de emergência.

A remoção dos ovários altera o apetite sexual?
Não.

É possível engravidar depois da remoção de apenas um dos ovários?
Sim. As probabilidades de engravidar não diminuem.

A remoção dos dois ovários provoca a menopausa?
Sim.

Uma paciente com um só ovário menstrua normalmente?
Sim.

A MENOPAUSA

O que é menopausa?
Período da vida da mulher no qual cessam ovulação (produção de óvulos maduros) e menstruação. Em outras palavras, a menopausa reflete o processo natural do envelhecimento da mulher.

Quando começa a menopausa?
Geralmente entre 45 e 50 anos, mas pode iniciar-se também aos 35, ou aos 55 anos de idade.

O que é menopausa artificial?
Ausência de ovulação, em consequência da remoção cirúrgica dos ovários ou do tratamento dos ovários por meio de raios X.

Qual a causa da menopausa?
A diminuição e eventual supressão da secreção de hormônios pelos ovários.

Quais as repercussões psicológicas da menopausa?
Variam amplamente. Podem não ocorrer ou ser insignificantes. Po­dem ser acentuadas e interferir na vida normal. Mulheres emocionalmente perturbadas podem apresentar inconscientemente graves sin­tomas na menopausa. É comum uma mulher imitar a reação da mãe, Entretanto, se ela receber orientação e informação adequadas sobre o problema e se for emocionalmente estável, é provável que reaja com serenidade.

Quais os sintomas comuns da menopausa?
a)    Ondas de calor no corpo e na face;
b)    suor frio;
c)     dores de cabeça;
d)    sensação de fadiga;
e)    nervosismo, sensação de desgaste emocional e tensão;
f)      depressão e sensação de inutilidade.

Quais os primeiros sintomas específicos da menopausa?
Irregularidade dos períodos menstruais e diminuição do fluxo san­guíneo.

Como se pode distinguir um sangramento irregular devido à menopausa de outro causado por um tumor ou por qualquer distúrbio dos ór­gãos pélvicos?
Havendo razões clínicas para suspeitar de doenças em vez de meno­pausa, recorre-se ao teste de Papanicolaou ou à biópsia do cérvix ou do útero. Geralmente o ginecologista recomendará uma curetagem para determinar a natureza exata do problema.

Qual a duração dos sintomas menopausa?
De alguns meses a alguns anos.

Quais os cuidados médicos requeridos na menopausa?
a)    O passo principal é dar segurança à paciente e informá-la detalhadamente sobre a natureza de seu estado;
b)    se os sintomas não forem agudos, é melhor não fazer tratamento;
c)     geralmente faz-se reposição de hormônios quando os sintomas são
agudos. Esse tratamento deve ser ministrado pelo ginecologista;
d)    em certos casos, os tranquilizantes e sedativos aliviam os des­
confortes da menopausa.

Os hormônios ovarianos podem atenuar os sintomas da menopausa?
Sim. Esse tratamento, porém, só pode ser feito sob a supervisão cons­tante do ginecologista.

Como é encarado esse tratamento?
Para muitos ginecologistas, é benéfica a terapia contínua de reposi­ção de hormônios ovarianos, quando associada com avaliações gine­cológicas repetidas. No passado, contudo, esse tratamento era tido como ineficaz.

Os tranquilizantes são eficientes no alívio dos sintomas da menopausa?
Sim, mas apenas nos casos brandos.

Os sintomas da menopausa desaparecem com o tempo?
Sim, em geral desaparecem espontaneamente.

As mulheres emocionalmente perturbadas têm uma menopausa mais penosa e mais longa?
Sim.

O apetite sexual diminui na menopausa?
Não. Em algumas mulheres pode ale aumentar, porque não há mais o receio de engravidar.

A menopausa exige cuidados especiais com a higiene pessoal feminina?
Não.

É verdade que a voz se torna mais grave e nascem pêlos no peito e na face?
Não.

Pode ocorrer gravidez depois da menopausa?
Não; cessadas a ovulação e a menstruação, não há possibilidade de gravidez.

No início da menopausa a mulher ainda pode engravidar?
Sim, no primeiro ano da menopausa.

O aspecto dos ovários e do útero se modifica depois da menopausa?
Eles tendem a diminuir de tamanho, mas tal mudança não é signi­ficativa.

O que indica o sangramento vaginal depois da menopausa?
Se ocorrer 6 meses depois de cessado o período menstrual, deve ser visto como suspeita de tumor do cérvix ou do útero. Convém fazer um exame ginecológico cuidadoso.

A lucidez diminui na menopausa?
Não.

É comum as mulheres perderem seu aspecto jovem depois da me­nopausa?
Não, mas deve-se ter em mente que a menopausa ocorre num perío­do em que a aparência jovem tende a desvanecer. A falta da secre­ção de hormônios femininos tem pouca relação com a aparência jo­vem de uma mulher.

A administração de hormônios ovarianos depois da menopausa devol­verá à mulher seu aspecto jovem?
Não, apesar dos numerosos relatórios a favor.

A menopausa tardia ou precoce é hereditária?
Sim.

Os hormônios ovarianos podem retardar o processo de envelhecimen­to de uma mulher depois da menopausa?
Sim, embora por pouco tempo. O processo de envelhecimento, infe­lizmente, é inevitável.

A menopausa precoce indica que a vida será curta?
Não. A menopausa não constitui indício de vida longa ou breve.

ESTERILIDADE MASCULINA

O homem também pode ser responsável pela esterilidade de um casal?
Sim. Em cerca de 30 a 40% dos casos, o problema é do homem e não da mulher. Qualquer tentativa de superar a infertilidade con­jugal não terá valor sem a cooperação completa do homem, que também deve ser examinado por um urologista.

Em que consiste a esterilidade do homem?
Um homem estéril é aquele que não produz espermatozóides ou produz uma quantidade insuficiente de espermatozóides normais e ativos para tornar a concepção possível.

Qual a diferença entre esterilidade e infertilidade masculina?
A esterilidade é a impossibilidade absoluta de causar a concepção, por ausência de espermatozóides. Na infertilidade, a concepção é teoricamente possível, mas não é provável, por causa da escassez de espermatozóides.

O que é contagem de esperma (espermograma)?
Determinação do número de espermatozóides contidos numa eja­culação. Geralmente, a ejaculação tem o volume aproximado de uma colher de chá e contém mais de 60 milhões de espermatozóides por centímetro cúbico. Tal cifra é obtida por exame microscópio de esperma. Um número reduzido de espermatozóides no esperma é chamado de oligospermia; a sua ausência absoluta é chamada de azoospermia.

É importante examinar outras características do esperma?
Sim. A mobilidade e morfologia dos espermatozóides, entre outras coisas.

Quais as cansas comuns da ausência de espermatozóides?
a)  Certas anomalias dos cromossomos e genes;
b)    perda da capacidade de produzir esperma na velhice. Isso varia muito entre os homens e em certos casos só ocorre aos 80 ou 90 anos de idade;
c)     orquite, inflamação do testículo, não rara em homens que con­traíram caxumba a partir da adolescência. Outras infecções tam­bém podem causar esse tipo de esterilidade;
d)    obstáculo no trajeto dos espermatozóides a partir dos testículos, impedindo a ejaculação. Uma infecção como a gonorréia pode bloquear os condutos (vasos deferentes} que ligam os testículos às vesículas seminais;
e)    localização anormal dos testículos, fora do escroto.

Como saber se os testículos são potencialmente capazes de produzir espermatozóides, nos casos de azoospermia?
Pelo exame microscópico do tecido do testículo através de uma pe­quena cirurgia, a biópsia testicular.

Como se faz uma biópsia testicular?
Sob anestesia geral superficial, faz-se uma pequena incisão na pele do escroto e remove-se uma pequena porção do tecido do testículo.

Quais as causas que determinam um número reduzido de espermato­zóides por ejaculação (oligospermia)?
a)    Às vezes isso é fisiológico e temporário e simplesmente devido a relações sexuais consecutivas;
b)    doenças debilitantes em geral;
c)     homens absolutamente normais podem também apresentar um número reduzido de espermatozóides sem que se encontrem causas definidas para isso;
d)    doenças endócrinas;
e)    orquite (inflamação testicular) secundária a caxumba, gonorréia, tuberculose ou outros processos infecciosos;
f)      atrofia testicular resultante de doenças ou defeito circulatório local;


A impotência tem algo a ver com a esterilidade?
Sim, na medida em que as ereções incompletas não permitem a penetração vaginal necessária para que o esperma seja depositado normalmente.

Um homem pode ser potente mas estéril?
Sim. Ele pode ser capaz de manter relações sexuais normais, embora sua ejaculação não contenha espermatozóides vivos.

Quais as causas comuns da impotência?
a)    Perturbação psicológica (causa mais comum);
b)    doença local dos órgãos genitais;
c)     senilidade.

É importante que os homens com baixa taxa de espermatozóides te­nham uma dieta adequada e tomem vitaminas?
Sim, como medida geral de melhora do estado físico.

Existe tratamento para a esterilidade masculina?
Para certos casos. Obviamente nada pode ser feito se os testículos estiverem acentuadamente atrofiados, ou mesmo ausentes. No entanto, se o problema for apenas uma baixa contagem de esperma­tozóides, pode-se tentar vários tratamentos hormonais. Os resulta­dos desses tratamentos são imprevisíveis, mas de qualquer maneira é melhor tentar.

Existem outros tratamentos, além do hormonal, para a esterilidade masculina?
Sim. Qualquer doença local deve ser erradicada: infecção ou cons­trição da uretra, inflamação da próstata, qualquer doença escrotal (como a hidrocele ou a varicocele). Nos casos de impotência, é pre­ciso procurar ajuda psiquiátrica.

Como se explica que um homem e uma mulher aparentemente inférteis, mas sem nenhuma anomalia comprovada, se tornem férteis com outros parceiros?
Há obstáculos à concepção que resultam do tipo de casal formado e não das pessoas que o compõem. Esses obstáculos podem ser de natureza psicológica, anatômica ou fisiológica.

Que se entende por "fenômeno da reversão" no número de espermatozóides do esperma?
Certas drogas têm a propriedade de inibir a produção de espermatozóides pelos testículos. Administradas a indivíduos com número reduzido de espermatozóides, provoca — após uma inibição tempo­rária — um aumento do número de espermatozóides a níveis mais elevados do que antes do início do tratamento. Contudo, as tenta­tivas bem sucedidas representam um número limitado de casos.

Existe o equivalente masculino da menopausa?
Acredita-se que exista algo comparável, mas isso não está cientifi­camente estabelecido. As idades nas quais o homem se torna infértil ou impotente variam muito. Alguns homens perdem a potência e se tornam inferíeis entre 40 e 50 anos. Outros permanecem po­tentes e férteis até 80 e mesmo 90 anos de idade.

A ingestão de hormônios cura a impotência?
Em geral, seu efeito é apenas psicológico, pois a maioria dos casos de impotência é devida a um mau ajustamento psicológico ou à senilidade.


Biópsia testicular. Através de uma pequena incisão no escroto remove-se um pedaço pequeno do Tecido para se determinar se a causa da esterilidade 6 resultante de lesão testicular. O diagrama da direita mostra o escroto suturada após a Intervenção.


Atividade sexual em excesso conduz à impotência prematura?
Não. Não há nada de concreto sobre isso.

Continuas injeções de hormônio masculino por um longo período po­dem superar a esterilidade do homem?
Não. Se o tratamento intensivo por um período de várias semanas não resultar na produção do esperma, talvez seja melhor espaçar mais esse tipo de tratamento, pois acredita-se que a administração de hormônios masculinos por um período de vários meses ou anos pode induzir um tumor latente da próstata a se tornar ativo.


GENITAIS MASCULINOS

Qual a constituição anatômica do pênis?
É formado por 3 estruturas tubulares de tecido erétil, duas localiza­das na parte superior, uma na inferior. Cada estrutura é constituída por tecido esponjoso (corpos esponjosos) que ao se encher de sangue se torna rígido, provocando a ereção do órgão. A uretra, que conduz a urina e o esperma, corre ao longo de uma dessas estruturas. A ca­beça do pênis, ou glande, é recoberta por uma prega da pele cha­mada prepúcio.

Qual a função do pênis?
a)    Transportar a urina;
b)    transportar o esperma.

CIRCUNCISÃO

Que é a circuncisão?
Remoção cirúrgica do prepúcio.

A circuncisão é recomendável?
Sim, na medida em que representa uma forma de proteção contra o câncer de pênis (raro entre os circuncidados) e por ser medida higiê­nica, que permite melhor limpeza do pênis.


Genitais masculinos. O esperma é produzido nos testículos e levado através dos vasos deferentes às vesículas seminais, onde é armazenado. Da vesícula seminal o esperma é lançado no meio exterior através da uretra, recebendo antes, a meio caminho, a se­creção da próstata.
  
É verdade que mulheres casadas com homens circuncidados têm menos probabilidade de apresentar câncer do cérvix uterino?
Há investigadores que sustentam tal teoria, aparentemente derivada de estatísticas recentes. Admitindo-se que em certos casos algum ma­terial localizado no pênis não circuncidado possa agir como irritante ao entrar em contato com o cérvix do útero, as mulheres casadas com homens circuncidados teriam menor probabilidade de adquirir cân­cer cervical.

Qual a melhor época para circuncidar um recém-nascido?
Antes de deixar a maternidade, na 1ª semana de vida.

É necessária a anestesia para circuncidar o recém-nascido?
Não.

Circuncisão. Diagrama mostrando uma das técnicas de circuncisão. A circuncisão tem
sido indicada por razões de higiene e também porque se verificou que a incidência de
câncer do pênis é menor em circuncisados.

É necessária a anestesia para circuncidar crianças mais velhas ou adultos?
Sim.

Quanto tempo de hospitalização é necessário para a circuncisão de criança ou adulto?
De l a 2 dias.

Existe algum efeito nocivo atribuível à circuncisão?
Não.

TUMORES DO PÊNIS

Os tumores malignos do pênis são frequentes?
Não. Em homens circuncidados são raríssimos.

Onde se localiza habitualmente o câncer do pênis?
Próximo à glande, com aspecto de úlcera profunda e dura ou de protuberância.

Em que idade é mais comum o câncer do pênis?
É raro em jovens, mais comuns em homens idosos ou de meia-idade.

Como se faz o diagnóstico de câncer do pênis?
Por meio de biópsia do tecido doente, que é retirado para exame microscópico anatomopatológico.

O câncer do pênis pode ser confundido com outras lesões?
Sim, com lesões venéreas, tipo cancro duro.

Existe relação entre o câncer do pênis e a atividade sexual?
Não.

Qual o tratamento para o câncer do pênis?
O melhor tratamento é a amputação parcial ou total do pênis, com a remoção simultânea dos gânglios linfáticos da região inguinal. Se o tumor for pequeno e precocemente diagnosticado, pode ser trata­do com radioterapia local ou com radioterapia associada à remoção localizada.

Se o pênis for amputado, como é que o paciente urina?
Um pequeno coto de pênis é preservado, de forma a permitir a mic­ção.

O câncer de pênis pode ser transmitido pelo coito?
Não.

O ESCROTO E OS TESTÍCULOS

Que é o escroto?
Bolsa muscular semi-elástica, recoberta por pele, localizada embai­xo do pênis. Divide-se em dois compartimentos, cada um dos quais contém um testículo, um epidídimo e um cordão espermático.

Quais as funções do testículo?
Nele são formados os espermatozóides, em um grande número de pequenos canais ou tubos, chamados tubos seminíferos. Nos testí­culos também se localizam as células que fabricam o hormônio sexual masculino; a testosterona. O esperma produzido pelo testículo é levado através do cordão espermático até à vesícula seminal, de onde é ejaculado.

TRAUMATISMOS DO TESTÍCULO

Qual o tratamento para um traumatismo do testículo?
A grande maioria dos traumatismos, apesar de extremamente dolo­rosos, não são graves e se curam sozinhos. Se o testículo for esma­gado ou rompido, deverá ser removido cirurgicamente.

Um traumatismo do testículo pode causar esterilidade?
A lesão grave de um testículo pode determinar incapacidade de pro­dução de esperma neste testículo, mas se o outro permanecer intacto, não ocorrerá esterilidade.

São muito comuns os traumatismos de ambos os testículos?
Não. A natureza de certa forma protege essas estruturas; a lesão de ambos os testículos é bastante rara.

TUMORES DO TESTÍCULO

Qual o índice de incidência de tumores do testículo?
Dos tumores malignos do homem, 5% -localizam-se nos testículos.

Os tumores ocorrem com maior frequência em testículos anormalmen­te desenvolvidos e ectópicos (que não desceram ao escroto)?
Sim.

Em que idade ocorrem mais frequentemente os tumores do testículo?
Entre 30 e 50 anos

Como se pode reconhecer a presença de um tumor do testículo?
Pelo aumento indolor, lento e progressivo do órgão.

Qual a causa do tumor do testículo?
É desconhecida.

Qual o tratamento?
Remoção cirúrgica tão logo seja estabelecido o diagnóstico. Caso o tumor seja maligno, é efetuada uma operação mais radical, com a remoção dos gânglios linfáticos inguinais e às vezes também dos abdominais, juntamente com o testículo.

A radioterapia é útil no tratamento dos tumores do testículo?
Sim. Após a cirurgia, a radioterapia muitas vezes é usada para im­pedir a disseminação do tumor.

Existe tratamento quimioterápico eficiente para os tumores do testículo?
Sim. Recentemente descobriu-se que certos agentes químicos são particularmente eficientes na destruição de tumores malignos do testículo, e igualmente úteis na destruição de metástases (dissemina­ção do tumor a outras partes do corpo).

CRIPTORQUIDIA

Que é criptorquidia?
Durante o desenvolvimento do embrião, os testículos estão locali­zados no abdome. À medida que o embrião cresce, os testículos descem para a região inguinal; na época do nascimento, já atin­giram o escroto. À ausência dessa migração ou à migração incom­pleta dos testículos ao escroto — que pode ser de apenas um dos lados ou de ambos — dá-se o nome de criptorquidia.

Se até o nascimento um testículo não desceu ao escroto não descerá mais?
Não necessariamente. Em certo número de casos desce no 1.° ano de vida ou na adolescência.

A criptorquidia costuma estar associada à hérnia?
Sim, frequentemente.

Que tratamento se aplica para induzir a descida do testículo ao escroto?
A administração de hormônios algumas vezes provoca o crescimento


  
do testículo e sua descida ao escroto. Se depois de uma série de injeções o tratamento não der resultado, recorre-se à cirurgia.

Qual a melhor idade para operar uma criança cujo testículo não desceu?
Pelos 9 ou 10 anos. No entanto, muitos cirurgiões acham que há con­dições de operar já aos 5 anos.

A cirurgia é arriscada?
Não mais do que a operação de hérnia.

Quanto tempo se permanece no hospital para operação?
De 5 a 7 dias.

Que tipo de operação se realiza na criptorquidia?
Existem várias técnicas para a operação (orquidopexia). Em geral, faz-se uma incisão de 7 a 10 cm na região inguinal para expor o testículo e o cordão espermático. O cordão é estendido, removen­do-se aderências que possam estar circundando-o, e o testículo é levado ao escroto, onde é fixado por meio de sutura com pontos de seda.

Os testículos funcionam regularmente quando levados à localização normal?
Nem sempre, já que podem ser muito pequenos e não estar completamente desenvolvidos. No entanto, mesmo que sejam incapazes de produzir esperma, poderão fabricar o hormônio sexual masculino, mantendo as características sexuais do indivíduo.

A operação para corrigir a criptorquidia dá bons resultados?
Sim. Na grande maioria dos casos, os testículos são levados ao escroto sem problema.

HIDROCELE

Que é hidrocele?
Nome dado ao acúmulo anormal de líquido no interior do escroto, dentro do revestimento membranoso do testículo.

Qual a causa da hidrocele?
É desconhecida.

A presença de hidrocele põe em risco o testículo?
Não.

Qual o tratamento para a hidrocele?
Em crianças pequenas, não há tratamento, pois costuma desaparecer espontaneamente. Em crianças maiores ou adultos, indica-se a ci­rurgia.

Qual o tratamento cirúrgico para a hidrocele?
Através de uma pequena incisão na região inguinal, retira-se o revestimento membranoso hidrocélico ou parte dele; o restante é virado pelo avesso c suturado atrás do testículo.

Quais os resultados da cirurgia da hidrocele?
A cura.

Existe um tratamento não cirúrgico para a hidrocele?
Sim. Pode-se aspirar o líquido através de uma agulha, e injetar uma solução para esclerosar o revestimento membranoso do testículo. Esse tratamento, no entanto, não é tão eficiente quanto o cirúrgico e pode, eventualmente, resultar em infecção.

Hérnia e hidrocele frequentemente ocorrem juntas?
Sim. e o tratamento para ambas é cirúrgico.

TORÇÃO DO TESTÍCULO

Que é torção do testículo?
Por motivos desconhecidos, em meninos e jovens, o cordão espermático e o testículo podem sofrer súbita torção. As possíveis causas são o cordão excessivamente longo, um defeito do desenvolvimento ou um traumatismo.

Quais os sintomas da torção do testículo?
Dor súbita e inchaço ao longo do testículo e do cordão espermático.
Também pode haver náuseas e vômitos. Se o escroto é levantado, a dor aumenta, o que diferencia a torção da epididimite. Como na torção o suprimento sanguíneo do testículo é interrompido, a não ser que seja tratada prontamente ela pode resultar em gangrena.

Qual o tratamento para a torção do testículo?
Cirurgia imediata, para distorcer o cordão. Para que o testículo possa ser salvo, a operação deve ser feita dentro de 6 a 8 horas. Se durante a cirurgia se verificar que o testículo gangrenou a ponto de não ser recuperável, ele é removido.

A torção do testículo é grave?
É grave na medida em que pode acarretar a perda de um dos testículos, mas não é grave no que diz respeito a risco de vida. A hospitalização dura uma semana.




EPIDIDIMITE

Que é o epidídimo?
Estrutura adjacente e ligada ao testículo, constituída por inúmeros tubos que contêm esperma.

As infecções do epidídimo são comuns?
No passado, quando o controle da gonorréia era deficiente, as epididimites eram frequentes. Hoje, graças aos antibióticos, sua inci­dência diminuiu.

Além da gonorréia, quais as outras causas da epididimite?
Ela ocorre muitas vezes após um exame cistoscópico ou após cirur­gia da próstata. A massagem vigorosa da próstata também pode provocar o refluxo de líquido ao epidídimo, e consequente infecção.

Como se pode evitar uma epididimite?
Durante uma cirurgia da próstata, a melhor maneira de preveni-la é ligar os vasos deferentes (os que ligam o epidídimo a vesícula semi­nal). No tratamento da prostatite por meio de massagens da próstata a massagem deve ser suave e o paciente deve urinar em seguida.

Quais as consequências nocivas da epididimite?
Além de muito dolorosa, provocando extrema sensibilidade do tes­tículo, inchaço e febre (quando bilateral), u epididimite pode causar esterilidade.

Qual o tratamento para a epididimite aguda?
Repouso na cama, ingestão de líquidos à vontade, compressas de gelo na região atingida e antibióticos.

Quanto dura a fase aguda de epididimite?
De 5 a 7 dias; mas o inchaço pode permanecer por várias semanas.

Pode ser necessária uma cirurgia, na epididimite?
Sim, havendo abscesso; nesse caso requer-se drenagem.

A epididimite pode se tornar crônica?
Sim; existem casos em que a infecção regride apenas parcialmente e depois se torna aguda de tempos em tempos.

Qual o tratamento para a epididimite crônica ou recorrente?
A remoção cirúrgica do epidídimo.

A epididimite pode ser causada paio bacilo da tuberculose?
Sim, às vezes.

VARICOCELE

Que é varicocele?
Dilatação varicosa (varizes) das veias que acompanham o cordão espermático.

Qual a causa da varicocele?
Admite-se que seja malformação congênita, que em 90% dos casos ocorre do lado esquerdo.

Quais os sintomas da varicocele?
Em geral nenhum, embora possa existir um vago desconforto e uma sensação de repuxo ao lado do escroto.

Como se faz o diagnóstico da varicocele?
Pela apalpação do escroto, o médico nota as formações varicosas.

Qual o tratamento para a varicocele?
Na maioria dos casos, não é necessário tratamento. No entanto, se o tamanho for muito grande, é indicada a remoção cirúrgica das veias.

A operação é arriscada?
Não.


Como é feita essa cirurgia?
Em geral é feita através de uma incisão inguinal, embora também seja praticado através do escroto, apesar de esta via apresentar alguns inconvenientes.

Existe tratamento não cirúrgico para varicocele?
Sim. Pode-se tentar o uso de suporte atlético (suspensório escrotal).

A potência ou a fertilidade são comprometidas pela varicocele?
Alguns especialistas entendem que a esterilidade masculina poderia estar associada à varicocele e que seria solucionada com a ligadura da varicocele.




Um comentário:

Anônimo disse...

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